Cassinos: uma das formas de alavancar a economia do Brasil

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Atualmente, o Brasil vive um momento de recuperação econômica após o forte impacto da pandemia de Covid-19. Agora, o país busca novas formas – como os cassinos – para reaquecer a economia e gerar ainda mais oportunidades para os brasileiros.

Muitas ideias surgiram em meio aos debates sobre novos caminhos a serem seguidos para fortalecer a economia nacional, como o investimento em turismo, jogos de azar e educação.

O Sócio Fundador e Chief Investment Officer (CIO) da Empiricus, Felipe Miranda, publicou recentemente um artigo no site ‘Seu Dinheiro’ onde fala sobre algumas ideias para reanimar a economia brasileira, citando o grande potencial dos cassinos para o país.

Confira abaixo as notícias sobre cassinos e a economia do Brasil

Sob uma dose de generosidade e um elogio certamente exagerado, o deputado Luciano Bivar mencionou meu nome no discurso de abertura de sua campanha presidencial na semana passada.

Com a transparência que sempre permeou meu relacionamento com os assinantes da Empiricus e os leitores deste Day One, aproveito este espaço para abordar o assunto, esclarecendo meu envolvimento no processo.

Um projeto na economia

De forma absolutamente republicana e construtiva, o deputado Bivar me pediu para contribuir com ideias a favor de um projeto liberal na economia e nos costumes.

Sempre fui um estudante obsessivo de teoria econômica, mas me defino como um praticante. Jamais me permitiria assumir posturas como: “Precisamos ajudar o Brasil; então vai lá você”.

Jamais poderia recusar um convite para, dentro de minhas limitadas possibilidades e com muita humildade, tentar contribuir com ideias para o nosso país, ainda mais diante de um alinhamento programático a favor de um modelo de desenvolvimento moderno, baseado nas forças do mercado e com a valorização da figura do empresário e de um discurso de união nacional.

Ideias para um plano de governo

Foi com esse espírito que escrevi algumas ideias que, na minha opinião, poderiam servir de esboço para um possível plano de governo.

Meu princípio é manter o diálogo com todos os espectros e nuances da sociedade.

Como discípulo de Sexto Empírico, acérrimo defensor do embate dialético entre tese e antítese e, ao mesmo tempo, criado na tradição jesuítica da vocação, respondi ao chamado esperançoso de que se as ideias aqui apresentadas pudessem, de alguma forma, estar sendo debatido com profundidade, seja no primeiro ou no segundo turno das eleições, já terei dado uma pequena contribuição.

Importa muito mais influenciar o debate. Mais do que nomes ou personalidades, discutiremos ideias e instituições.

O sol será sempre o melhor detergente

Sob essas premissas, compartilho aqui o que escrevi como um primeiro rascunho. O sol será sempre o melhor detergente.

Faço um esclarecimento final, talvez desnecessário, mas prefiro errar pelo excesso neste caso. Embora eu tenha aceitado o convite com responsabilidade e respeito, não há e não haverá nenhuma filiação partidária de minha parte.

Tenho um compromisso irrestrito e visceral com a Empiricus, Vitreo, seus funcionários e seus clientes — trato tudo como família; e não há saída de nossa própria família.

Ideias para o Brasil

Aqui estão algumas ideias para o Brasil:

União para a modernidade – A FAS Brasileira

Este documento visa devolver protagonismo ao que nunca deveria ter deixado de ser o centro do debate: o Brasil.

Diante de polarizações e ideologias muitas vezes radicalizadas, a vida dos brasileiros não recebe mais a devida atenção.

Daremos a eles um projeto, não com expectativas ingênuas ou falsas esperanças, mas com a humildade confiante de que se pode construir um país melhor, ancorado na ciência e nas virtudes que tanto caracterizaram este território e sua população.

Nossa vitalidade iorubá aliada ao rigor técnico e espírito científico pode — e deve — estar acima do discurso de ódio e da divisão em que o Brasil se encontra hoje. Entre flamenguistas e cariocas, corintianos e palmeirenses, somos todos iguais.

O programa está ancorado em três princípios: união, modernidade e liberdade.

Liberdade

Aqui, a liberdade é entendida como um conceito amplo, sem restrições, pois, por definição, quando a aprisionamos em determinado espectro, perdemos a capacidade de ser inteiramente livre.

Um lado da polarização defende a liberdade econômica, sendo reacionário nos costumes. O outro é liberal nos costumes, mas atrasado e controlador da economia. Liberdade em um campo esbarrando em prisão em outro.

Devemos unir os dois lados, dando-lhes o que lhes falta e governando para todos os brasileiros, como fazem os grandes estadistas, sem ódio ao diferente, encaminhando-se para o caminho da modernidade.

A liberdade deve ser irrestrita, na Economia e nos costumes. Alinha-se ao bom desenvolvimento econômico e social, mas é mais do que isso: um valor e uma filosofia. A economia pode ser livre, aberta e moderna. Pessoas também.

As medidas pragmáticas, definidas sob o respaldo da ciência e da evidência empírica, poderiam ser resumidas na sigla FAS, representando responsabilidades Fiscais, Ambientais e Sociais.

Responsabilidade e união

Não há hierarquia entre essas responsabilidades. Eles precisam caminhar juntos, porque só assim poderão ser eficazes e sustentáveis ​​no longo prazo, deixando um país melhor para as próximas gerações e para nós mesmos quando envelhecermos.

Começamos pela responsabilidade fiscal. Não há aqui a intenção de desvalorizar os trabalhos anteriores. Não há monopólio da virtude. Chegamos aqui nos ombros de gigantes e devemos elogiar as conquistas.

No entanto, mesmo com as boas conquistas macroeconômicas das últimas décadas, precisamos encarar a verdade de que não conseguimos promover a consolidação fiscal brasileira, construir um Estado eficiente e dar à trajetória da dívida pública nacional uma trajetória crível e convergente.

Confiança e dívida

Se não houver confiança de que determinada instituição – seja uma pessoa, uma empresa ou uma nação – conseguirá honrar seus compromissos financeiros, nada, absolutamente nada, pode ser esperado dela.

Um Estado cuja dívida só aumenta afugenta investidores, empresários, tecnologia e os próprios cidadãos, cujos cérebros privilegiados, desprovidos de esperança de um futuro frutífero, fogem para o exterior.

O país altamente endividado também não poderá cuidar de seu meio ambiente, nem resolver seus problemas sociais. A dívida não pode ser paga com mais dívida. Nem com palavras, como Shakespeare nos ensinou.

O estado e as condições de investimento

As condições materiais de investimento devem ser criadas para o Estado, em infraestrutura, em gastos sociais e na preservação do meio ambiente. Não como interventor, empreendedor ou guia nas escolhas de alocação de capital.

Mas um Estado que cumpra o papel essencial em uma economia capitalista pujante, ou seja, que respeite os contratos, valorize a propriedade privada e obedeça aos sinais do sistema de preços.

O Estado cria as condições para essas três diretrizes, perseguindo obstinadamente a igualdade de oportunidades e reconhecendo a responsabilidade social que enfrenta.

Gestão macroeconômica

A essência da gestão macroeconômica passa pela recuperação do tripé canônico: sistema de metas de inflação, câmbio flutuante e metas de superávit primário, com o objetivo de eliminar o déficit nominal em poucos anos — tivemos essa oportunidade no passado, na proposta de que não era nada rudimentar; temos que levá-la de volta.

Se o teto de gastos se mostrou importante por um período, mas na prática não resistiu ao teste do tempo, outra âncora fiscal se faz necessária imediatamente: metas de superávit primário, como instituição estatal (não governo).

A percepção de um Estado responsável com seus gastos e com uma trajetória crível para sua dívida pública atrairá capital internacional, aumentará a capacidade de investimento público (porque haverá dinheiro para isso no futuro) e privado.

A responsabilidade fiscal

Vamos migrar para um novo regime de macroequilíbrio: o fiscal controlado pressiona menos a inflação. Os juros podem ser menores. O mercado de capitais se desenvolve, o câmbio está mais desvalorizado, os produtos locais ganham competitividade internacional, a indústria nacional ganha participação no exterior.

A esta responsabilidade Fiscal, deve-se necessariamente somar a Ambiental. Isso deve ser percebido como uma agenda de desenvolvimento empresarial, econômico e social.

O mundo hoje vive uma transição energética rápida e acentuada, o ESG domina a agenda internacional, o capitalismo de stakeholders ganha espaço sobre o capitalismo de acionistas.

Em vez de combater essa agenda com retórica e ideologia, o Brasil deveria abraçá-la, como protagonista dessa onda verde, com sua matriz energética pouco poluente, seu etanol de segunda geração, sua (ainda incipiente) capacidade de hidrogênio, seus créditos de carbono e sua Amazonas.

Mercado de carbono e ESG

O mercado de carbono é um capítulo à parte. O Brasil deve liderar esforços para fortalecer o crédito de carbono como commodity, com forte marco regulatório e mercado privado pujante, com negociação em bolsa desse futuro bem móvel, tanto na geração, distribuição e transmissão do produto.

A mudança climática é uma das megatendências seculares no exterior. Com nossa posição privilegiada, podemos embarcar nessa agenda empresarial e trazer grande desenvolvimento econômico e social, com destaque especial para a região norte do país, com base em uma agenda empresarial sustentável para a Amazônia.

Além dos efeitos imediatos e concretos desse esforço, a adoção de uma diretriz forte e verdadeira na questão ambiental, como uma agenda de negócios e empreendedorismo sustentáveis, reposicionará o Brasil no exterior.

Se hoje a visão do país é a de um pária internacional, liderar a discussão sobre a transição energética e a favor da Economia Verde retoma para o Brasil um papel de liderança entre os países emergentes.

Janela de oportunidade em commodities

O momento é particularmente auspicioso para isso. Há uma enorme janela de oportunidade à nossa frente. Devemos aproveitá-la, correndo o risco de, mais uma vez, insistir em ser o país do futuro, só do futuro.

As commodities, muitas delas produzidas no Brasil com grande vantagem comparativa (minério de ferro, soja, celulose, açúcar etc.), são valorizadas no mercado internacional.

Com cadeias produtivas globais em desordem e problemas em outros países produtores, podemos preencher um vácuo capaz de impulsionar a geração de riqueza. Podemos ser a única fonte confiável de muitos produtos industriais e de segurança alimentar.

Além disso, diante da infeliz retomada de uma corrida armamentista no mundo e da insurgência de lamentáveis ​​autocracias, podemos nos orgulhar de ser um país com uma longa tradição de neutralidade, paz, boa diplomacia, posição geográfica privilegiada (sem grandes acidentes naturais ou conflitos de guerra) e, sobretudo, uma democracia ampla e consolidada, com instituições sólidas e respeitáveis.

Mesmo uma democracia defeituosa será melhor do que a melhor autocracia.

Responsabilidade social

O terceiro pilar é a responsabilidade social. A essência dos valores liberais prescreve a igualdade de oportunidades. A verdadeira meritocracia só pode existir se todos começarem do mesmo ponto de partida.

O estadista precisa reconhecer o déficit social histórico com o qual convivemos. O próprio Hayek, em seus escritos originais, defendeu a necessidade de programas de distribuição direta para os mais necessitados. A fome não espera.

Paralelamente, o longo prazo será resolvido com um amplo e profundo programa de investimento em Educação, com parcerias com a iniciativa privada, fomento de instrumentos de crédito de empresas privadas, introdução da meritocracia em sala de aula e inserção nas melhores práticas globais de ensino — mais adiante, algumas medidas para a Educação, centrais em nosso programa, são detalhadas.

Sem educação, não há como atender aos ganhos de produtividade necessários no Brasil, perdidos há mais de 45 anos. O lado da oferta da economia foi abandonado com tantas políticas para estimular a demanda. Esquecemos de alimentar o capital humano para nos dar o ganho de produtividade do trabalhador necessário.

Desenvolvimento do Brasil

Para dar tangibilidade a alguns dos princípios aqui descritos, são apresentados a seguir temas-chave para o desenvolvimento do Brasil:

Reforma tributária

Aqui pretendemos passar apenas a ideia central do texto, para ser devidamente publicado quando for processado. Os princípios que regem a reforma incluem isonomia tributária, progressividade e simplificação tributária.

Como forma de tornar o sistema mais progressivo e alinhado com os países mais modernos e desenvolvidos, defende-se o aumento da alíquota do imposto de renda para os ultra-ricos, como forma de isentar as camadas mais baixas e servir para financiar programas.

A proposta também envolveria a redefinição de impostos sobre fundos exclusivos, que hoje significam essencialmente arbitragem tributária.

Reforma administrativa

Também será detalhado oportunamente. Foco na correção de desperdícios com gastos da União, excesso de privilégios, supersalários, falta de meritocracia.

Necessidade de eficiência na gestão pública, com apropriação de métodos modernos de gestão empresarial e digitalização do setor público.

Privatização

Amplo programa de privatizações, com destinação de recursos já carimbados ex-ante, visando a criação de um fundo para a Educação e para programas de transferência de renda para os mais necessitados.

Não há vacas sagradas aqui. Não encontramos estados desenvolvidos que possuam empresas petrolíferas. Há apenas exemplos menos lisonjeiros, como Venezuela, China, México e Rússia.

O Estado certamente será muito mais eficiente administrando falhas de mercado bem documentadas na literatura econômica do que administrando uma complexa empresa de petróleo.

Somente a concorrência e as forças do mercado podem dar a uma empresa a necessária eficiência de gestão de negócios.

Precisamos avançar com a privatização de pequenas empresas estatais, portos, aeroportos, estradas, ferrovias, mas também grandes corporações.

Não faz sentido ter três grandes bancos federais. A privatização do Banco do Brasil daria outra dinâmica a todo o sistema financeiro, com mais concorrência e gestão mais eficiente, reduzindo spreads e tarifas.

Enquanto isso, a privatização da Petrobras, com foco especial e agilidade na quebra do monopólio do refino, possibilitaria o fortalecimento dos programas de transferência de renda, com destinação à compra de gás para as famílias mais pobres e um fundo para investimento na educação pública.

Agenda de ataque custo-Brasil

Simplificação tributária, aduaneira e burocrática.

Valorização da figura do empreendedor e consciência de que o planejador central fará sempre um trabalho muito pior do que uma infinidade de tentativas descentralizadas, pulverizadas sob a perspectiva individual de tentativa e erro.

Milhares de pequenos fracassos serão compensados ​​pela criação de um grande sucesso. Apenas tentativa e erro podem permitir que um novo Google surja. As regras do jogo devem ajudar o cidadão a empreender e a tentar.

Abrindo a economia

Um amplo programa de abertura da economia, com a integração do Brasil nas cadeias produtivas globais, cujo resultado será a apropriação de tecnologia de ponta, troca de experiências profissionais e redução da inflação, por meio de produtos importados mais baratos.

Priorização da Educação

Precisamos enfrentar a verdade inconveniente. O Brasil é um fracasso em termos relativos e absolutos nas provas que envolvem educação.

As relações entre o desenvolvimento económico e social a longo prazo e a educação da respectiva população estão devidamente documentadas.

Aqui, devemos promover uma construção real de um projeto de longo prazo para a Educação brasileira, mas que também possamos colher ganhos de curto prazo.

Entre as medidas propostas, são defendidas as seguintes:

  1. Parcerias público-privadas para investimento em educação, com isenção de impostos para empreendedores que destinam recursos a projetos de educação;
  2. Replicar, com humildade e pragmatismo, projetos vencedores em outras cidades e estados (Sobral, no caso da Inteli, Porto Digital, Centro de Tecnologia em Campinas);
  3. Promoção do financiamento estudantil privado (adaptação do modelo norte-americano);
  4. Inserção do Brasil nas melhores práticas globais, abandonando certo regime fechado e provinciano e adotando o mesmo rigor e metodologias comprovadas que já funcionam no exterior;
  5. Estudantes de classe superior devem pagar universidade pública; esse dinheiro será usado como reinvestimento nas próprias universidades, que assim poderão se atualizar e percorrer a fronteira do conhecimento, reter professores etc.;
  6. Fomentar a criação e desenvolvimento de fundos de dotação, semelhantes aos dos EUA e Canadá; e
  7. Verifique e meça a meritocracia em sala de aula (melhores professores e diretores ganham mais).

Legalização da maconha

Desenvolvimento de um amplo mercado de canabidiol com fins farmacológicos e medicinais — uma indústria de alta tecnologia e fronteira capaz de gerar milhares de empregos e salvar vidas de pessoas com doenças graves, que podem ser bem tratadas com esse medicamento, com ganhos comprovados pela Ciência.

Mas também liberar e legalizar o uso recreativo da maconha, devidamente regularizado, tributado (impostos tão altos e representativos quanto os da indústria do tabaco, com alto potencial de arrecadação) e fiscalizados.

Um amplo mercado de cafés, bares e restaurantes é criado para esse fim, gerando também empregos.

A guerra às drogas provou ser um grande fracasso em escala global.

Há uma enorme violência ligada ao tráfico e a regulamentação do uso permitirá, além dos ganhos econômicos, importantes benefícios sociais. A sociabilidade é gratuita.

Mais legalizações

Legalização de jogos de azar e cassinos, principalmente como política de desenvolvimento regional do Norte e Nordeste, como é o caso de Nevada, EUA, cujo modelo servirá de referência. Elevado potencial de arrecadação, turismo e criação de emprego.

Brasil e a economia

O Brasil é um país essencialmente mestiço, cuja origem estava na convivência com o diferente.

Teremos que resgatar nossa própria natureza, ao mesmo tempo em que caminhamos rumo ao desenvolvimento, de braços dados com a ciência, sem vergonha de nos enriquecer e livres de preconceitos.

Livre de quaisquer outros vínculos, sejam ideológicos, estatistas ou sociais.

Somos todos um só povo, unidos em prol de um país que, enfim, pode e precisa caminhar para a modernidade.

Merecemos muito mais do que a visão retrógrada na Economia ou reacionária nos costumes.

Esta é a união para o Brasil.

Uma Resposta para “Cassinos: uma das formas de alavancar a economia do Brasil”

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